segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Homenagem a figuras de Polvoreira

Concluído o processo da toponímia nesta freguesia, entendemos que esta foi a melhor forma de homenagear aqueles que representaram a freguesia ao mais alto nível, ao atribuir o seu nome e deixar a sua marca através da toponímia.

Assim, temos na freguesia, ruas às quais foram atribuídos os nomes  de:

Maria Fernanda Sequeira Almeida, foi presidente de Junta no periodo entre 1990 e 1993.

Faleceu em  1 Agosto de 2000.

Esta rua tem início na Rua Nossa Senhora do Rosário e termina na rua de São Pedro; 





Adão Correia de Mesquita Gomes, foi presidente de Junta entre 1964 e 1976.

Faleceu em 9 de Março de 2004.

Esta rua tem início na Rua 14 de Dezembro e não tem saída;


Adérito Cunha da Silva, Membro do CNE em Polvoreira des de 1963 e foi secretário da Junta de freguesia entre 1964 e 1976.

Faleceu em 16 de Setembro de 2005.

A rua com o seu nome, tem início na rua Comandante João de Paiva Faria Leite Brandão e termina na rua Ribeiro da Ponte.




Às família deixamos o nosso sentido de homenagem por tudo o que “eles” fizeram em prol da freguesia de Polvoreira.

Homenagem a Adérito Cunha da Silva por CNE de Polvoreira





Biografia de Adérito Cunha da Silva

Adérito Cunha da Silva, nascido a 9 de Novembro de 1929 na freguesia de Urgezes, Guimarães, filho de José Maria Carvalho da Silva e de Ana Ribeiro da Cunha, foi segundo de quatro irmãos.

Residiu em Urgezes durante a sua infância, daí partia, sempre com grande vontade e diligência, quer para participar nas cerimónias religiosas em Polvoreira, quer sobretudo para participar nas reúniões do agrupamento de escuteiros de Polvoreira.

Foi admitido no agrupamento de escuteiros de Polvoreira em 1945, tendo feito a sua Promessa de Escuteiro (Lobito) a 26 de Janeiro de 1947.

Tendo permanecido no agrupamento desde a primeira hora, passou por todas as secções (3 na época), desempenhando as mais diversas funções, com destaque para os cargos de secretário e Guia de Patrulha e ou Equipa. Criou amizades, aprendeu e cresceu quer física, quer sobretudo, tornando-se homem, moldando o seu caráter, influenciado pela vivência dos valores do escutismo, da prática da religião católica e vivência da fé em Cristo.

Foi investido dirigente em 1963, tendo desde essa data desempenhado o cargo e missão de Chefe de Agrupamento até ao ano 2001.

Iniciou a sua formação escolar na escola da área de residência, onde a sua mãe foi professora, frequentou e concluiu, na Escola Industrial de Guimarães, o 9.º ano.

A sua atividade profissional iniciou na empresa Melo & Gonçalves, Ld.ª como aprendiz de Guarda-Livros tendo, posteriormente, assumido funções como responsável pela contabilidade da empresa, tendo sido ao serviço desta que atingiu o mais alto nível de responsabilidade e merecido toda a confiança da administração.

Reformou-se aos 65 anos de idade.

Constituiu família, contraindo matrimónio com Maria Madalena Rodrigues. Do seu amor e união brotaram 4 filhos; todos eles passaram pelas fileiras do Agrupamento de Escuteiros de Polvoreira, bem como, a sua esposa que, apesar de ingressar tardiamente como dirigente no agrupamento e infelizmente por um período curto (1986-1990), fê-lo com grande intusiasmo.
Enviuvou em 1990, tendo, anos mais tarde, voltado a casar.

A sua vida foi sempre muito marcada pela vivência escutista, quer no desempenho das suas funções profissionais – pelo rigor, eficiência, confiança e sentido do dever, quer na sua vida familiar – pela educação e exemplo que sempre procurou transmitir.

A sua participação cívica e sentido de participação comunitária levou-o a dar o seu contributo ao nível da gestão da autarquia local, tendo desempenhado o papel de Secretário da Junta de Freguesia de Polvoreira no período compreendido entre (1964 e 1976).

Mas a sua missão foi, para a comunidade de Polvoreira e para o Movimento Escutista em geral, muito visível e merecedora de relevo, pelos seus quase 50 anos de escuteiro e sobretudo pelos 38 anos (entre 1963 e 2001) no desempenho do cargo de Chefe de Agrupamento.

Foram muitos os adultos que com ele permitiram a tantas crianças, adolescentes e jovens, crescerem aprendendo a tornarem-se homens e mulheres, átivos, participativos e bons cidadãos...

Com ele, adultos e jovens apreenderam e beneficiaram da sua grande capacidade de moderação e, apesar de pouco interventivo, agia sempre com grande pragmatismo e eficazmente, na procura da união e na busca do concenso...

Com ele, Polvoreira pode beneficiar de um agrupamento de escuteiros, quase sempre muito átivo, enriquecendo, com a sua ação, a vivência em comunidade paroquial e muitas centenas de crianças, adolescentes e jovens tiveram oportunidades educativas que, não fora o escutismo, nunca teriam tido essas oportunidades...

Com ele, também o Movimento Escutista, em concreto o Corpo Nacional de Escutas, beneficiou de um dirigente átivo, dedicado, carismático, de grande firmeza de convicções e que, pelo seu modelo de vida, testemunho de fé, vivência familiar e exemplo, constituiu referência para escuteiros e comunidade em geral.

Tendo por tais factos e, em reconhecimento também pela sua missão de educador e de perseverança no cargo de Chefe de Agrupamento, foi distinguido, a 30 de Maio de 1999, com a Cruz de S. Jorge – 1.ª Classe Ouro, pelo Corpo Nacional de Escutas, por proposta da Junta do Núcleo de Guimarães.

Teve também um papel sempre átivo, colaborante e de incentivo para com a Fraternidade Nuno Álvares de Polvoreira, visível no apoio à criação da Associação de Antigos Escuteiros de Polvoreira, tendo feito parte, (durante muitos anos), da Mesa da Assembleia no cargo de Presidente.

Foi ainda reconhecido pelo agrupamento, por proposta da Direção que lhe sucedeu, a sua nomeação a Chefe Honorário de Agrupamento, e aprovada por Aclamação, em Conselho de Agrupamento, tendo posteriormente sido nomeado, com aceitação do Chefe Nacional.

Foi ainda reconhecido pela comunidade de Polvoreira a 5 de Julho de 2003, em jantar de homenagem, promovido pelo agrupamento, ao qual se associaram muitos antigos escuteiros, família, amigos, comunidade, grupos e associações e entidades civis, religiosas e escutistas locais.

Veio a falecer em 16 de Setembro de 2005 com 75 anos de idade.

É desta forma que lhe prestamos esta justa homenagem. Bem haja!